sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Guia de Aplicativos do Governo Federal

Há alguns meses, passeando pelas lojas de aplicativos no smartphone eu resolvi começar a procurar por apps desenvolvidos pelo Governo Federal e por empresas públicas e me surpreendi com duas coisas que encontrei:

  1. A quantidade de apps já disponibilizados é bem maior do que eu pensava
  2. A dificuldade que enfrenta um "usuário comum" (tipo a minha mãe) para encontrar estes apps nas lojas

Não só a quantidade de apps me surpreendeu, mas também a qualidade deles, principalmente em disponibilizar serviços e informações aos cidadãos de forma simplificada e objetiva. Há tempos eu já usava alguns desses aplicativos, principalmente os dos bancos públicos e da loteria da Caixa, mas acabei encontrando alguns outros que acabei instalando e deixando sempre á mão para quando precisar.

Para exemplificar o segundo ponto que destaquei, quero usar como exemplo o app “Brasil em Cidades”, que foi um dos apps que me supreendeu por dois motivos. O primeiro deles é que o app disponibiliza diversas informações sobre os municípios brasileiros (permitindo até o uso de GPS para identificar o município onde você está). Ele disponibiliza informações sobre quem administra a cidade (tem até o número de telefone do prefeito), dados sobre o território, demografica, habitação, desenvolvimento humano e econômico, finanças municipais, gestão urbana, saúde, educação, renda e sobre recursos repassados, empenhados e liberados  pelo governo federal. Sim... é um app muito interessante e te fornece de forma simplificada todos estes dados com alguns toques na tela.

O segundo ponto que me chamou a atenção é a dificuldade para se encontrar este app dentro da loja. Eu cheguei até ele fazendo uma busca completamente “anormal” para qualquer cidadão, buscando por “ministério”. Se quiser encontrar ele fácil aí no seu smartphone, procure por “Ministério das Cidades”... intuitivo, não é ?

Depois desta minha incursão pelos aplicativos governamentais, fique com a impressão de que algo mais intuitivo poderia ser desenvolvido pelo Governo, e fiquei contente ao ver o anúncio feio hoje do Guia de Aplicativos do Governo Federal, que pode ser acessado agora mesmo em www.aplicativos.gov.br .
Este guia já conta com diversos aplicativos, e ao que tudo indica, novos aplicativos que ainda não fazem parte do catálogo poderão ser incluidos em breve (o portal tem até uma página específica com a finalidade de incuir novos aplicativos).

Simples, rápido e fácil de usar, o portal possui uma descrição resumida do App, e links para as lojas nativas dos dispositivos móveis. Com um clique você baixa e instala o App no seu dispositivo.

Acredito que esta iniciativa, associada a iniciativas anteriores como a desoneração dos smartphones e tablets vinculada ao desenvolvimento de apps nacionais, traz um importante incentivo para que conteúdo nacional ganhe maior destaque nos dispositivos móveis, e que estes passam a ser também utilizados como dispositivos para inclusão social, facilitando o acesso a serviços públicos, comunicação e o troca de informações entre cidadãos e governo.

O mercado de Apps para dispositivos móveis é o mercado da cauda longa e nele, muitas vezes tudo o que uma pequena empresa ou um desenvolvedor individual precisa de verdade é o mínimo de condições para se destacar e poder mostrar aos usuários a qualidade do que está desenvolvendo e ofertando.

Espero ver mais iniciativas de fomento ao desenvolvimento de Apps sendo criadas nos próximos meses, pois acredito que temos no Brasil um mercado gigantesco para isso, e temos sim talento e “braço forte” suficiente aqui no Brasil para que possamos construir cada vez mais uma indústria nacional de apps muito bem estruturada.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Hackers na linha de frente

Foi publicado ontem um artigo muito interessante no site da revista Rolling Stone, sobre como o governo americano está se preparando para combates cibernéticos, recrutando e atraindo Hackers e especialistas de segurança.

Acho um bom exemplo e que deveria ser seguido por aqui, afinal de contas sabemos que quando o assunto é guerra cibernética, sai na frente quem tiver os melhores profissionais (independente de estarem ou não nas Forças Armadas).

Além de ser uma matéria muito interessante, foram utilizadas algumas tecnologias do HTML5 nela que tornam a experiência de leitura bem interessante. Se não se interessa pelo tema, vale a pena ao menos uma olhada no formato.

A matéria pode ser acessada aqui e o mago do HTML5 que produziu o material é um dos desenvolvedores do HTML5 Hub, que pode ser acessado aqui.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O fator bateria

Há algum tempo, com a adição de novas funcionalidades e o aumento na capacidade de processamento em computadores, smartphones e tablets, estamos sempre tentados a colocar nosso velho amigo de lado para comprar um novo produto. O problema é que muitas vezes, o diabo mora nos detalhes e só nos lembramos da duração da bateria quando o equipamento nos deixa na mão pela primeira vez.

Na época em que eu escrevia reviews de smartphones (há uns três ou quatro anos), sempre deixei claro que o meu parâmetro para duração de bateria era: dura um dia inteiro.

É interessante notar que de lá pra cá, não só o nossos dias são mais longos, mas também utilizamos com frequência apps conectados com a Internet, o que faz com que o consumo de bateria dos dispositivos já não seja mais o mesmo.

Um caso de uso típico hoje é ter rodando no smartphone/tablet durante o dia um software de comunicação (em geral GTalk, WhatsApp e Skype, não sendo raro encontrar os três ao mesmo tempo), apps para redes sociais (Facebook e Twitter, pra ficar nos básicos) e mais alguns outros utilitários que ajudam a vida no dia a dia, como softwares que monitoram congestionamento (sim, para quem vive em São Paulo eles são fundamentais) além de clientes de diversas contas de e-mail. Olhando a lista assim, muita gente vai dizer “isto é o básico”, e considero que seja mesmo/ O único problema é que todos estes softwares ficam, por padrão, se comunicando de tempos em tempos com os seus servidores e se você não sabe o que acaba com a bateria do seu dispositivo durante o dia, fica aqui a dica de prováveis vilões.

Quando a maioria de nós vai comprar um novo dispositivo, sempre olhamos todas as características que estamos acostumados nele, como processador, quantidade de memória, espaço para armazenamento, capacidade gráfica, qualidade da câmera e infelizmente a maioria esquece de olhar algo básico nos equipamentos: duração da bateria.

Confesso que a descrição e a publicidade da maioria destes dispositivos não faz mesmo muita questão de destacar esta informação, mas deixo aqui a recomendação para que todos coloquem este item na sua lista de “coisas para olhar” quando for comprar um novo aparelho .

Frequento muitos eventos de tecnologia, e muitas vezes acho hilário ver um monte de gente com equipamentos “de ponta” no bolso e com o carregador dele no outro, pra não falar daqueles que escolhem onde sentar ou o que fazer dentro de um evento com base no critério técnico “onde tem tomada perto”... pode rir, mas já vi muito isso :)

Outro caso comum é ver gente andando com dois equipamentos, “just in case”, no bolso e quando chega ao final do dia tem os dois com a bateria arriada. Confesso que já passei por isso algumas vezes, e nessa hora sempre me bate uma saudade imensa do famoso Nokia tijolão, aquele que a bateria durava quatro dias sem dó.

A boa notícia é que o consumo de energia de dispositivos está cada vez mais no centro das preocupações dos fabricantes e por isso mesmo reforço a recomendação para que todos levem isso em consideração na hora de comprar um novo dispositivo.

Já existem smartphones, tablets e computadores, principalmente os ultrabooks, com duração de bateria bastante elevado, e em geral os seus “outros recursos” são equivalentes ou até superiores aos dos demais modelos. Pode parecer bobagem, mas pra mim não existe nada mais confortante do que saber que mesmo esquecendo o carregador do ultrabook em casa, eu provavelmente vou conseguir trabalhar o dia todo com a carga da bateria que dei no dia anterior. Sim, isso já me aconteceu algumas vezes.

O lugar mais fácil para encontrar informações sobre duração da bateria dos equipamentos é no site do seu fabricante, pois ali eles sempre fornecem a duração da bateria em diversas situações do dia a dia. Alguns fabricantes usam até comparações bem fáceis de entender, como “assistindo vídeo” ou “ouvindo música”, enquanto outros costumam usar termos mais técnicos e talvez um pouco inteligíveis para um usuário leigo, mas fazendo um exercício de comparação entre dispositivos similares, mesmo os leigos vão entender rápido o significado dos números.

Fica aqui então a minha recomendação: coloque o consumo de bateria em um lugar de destaque na sua lista de “coisas para ver” antes de comprar o seu próximo dispositivo computacional, afinal de contas de nada adianta ter um equipamento com uma ultra mega resolução para assistir filmes ou jogar em 3D com alta definição se a bateria dele não aguentar pelo menos até o final do filme ou se ele te deixar na mão bem quando a jogatina está ficando animada.

Se o dispositivo for um smartphone, coloque este quesito bem no topo da lista, afinal de contas, depois de dar uma jogadinha, uma olhada nas redes sociais, trocar mensagens com amigos e familiares, tirar e compartilhar algumas fotos e vídeos, vai que você precisa ligar para alguém ou receber uma chamada. Se quiser ignorar a sugestão, tudo bem, mas aí deixou outra aqui: ande sempre com um cartão telefônico na carteira :)